quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Amanhã à meia-noite volto a nascer. Você também.
Que seja suave, perfumado nosso parto entre ervas na manjedoura.
Que sejamos doces com nossa mãe Gaia, que anda morrendo de morte matada por nós.
Façamos um brinde a todas as coisas que o Senhor pôs na Terra para nosso deleite e terror.
Brindemos à Vida - talvez seja esse o nome daquele cara, e não o que você imaginou.
Embora sejam iguais. Sinônimos, indissociáveis.
Feliz, feliz Natal. Merecemos.
O Estado de São Paulo, 24/12/1995
(Caio F, In Pequenas Epifanias)
Que seja suave, perfumado nosso parto entre ervas na manjedoura.
Que sejamos doces com nossa mãe Gaia, que anda morrendo de morte matada por nós.
Façamos um brinde a todas as coisas que o Senhor pôs na Terra para nosso deleite e terror.
Brindemos à Vida - talvez seja esse o nome daquele cara, e não o que você imaginou.
Embora sejam iguais. Sinônimos, indissociáveis.
Feliz, feliz Natal. Merecemos.
O Estado de São Paulo, 24/12/1995
(Caio F, In Pequenas Epifanias)
''Para você ganhar um belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido.
Para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas.
Novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens.
Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumadas nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.''
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido.
Para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas.
Novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens.
Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumadas nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.''
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
O que tem de ser, tem muita força. Ninguém precisa se assustar com a distância, os afastamentos que acontecem. Tudo volta! E voltam mais bonitas, mais maduras, voltam quando tem de voltar, voltam quando é pra ser. Acontece que entre o ainda-não-é-hora e nossa-hora-chegou, muita gente se perde. Não se perca, viu?
Se você quase sempre se apaixona por pessoas que te provocam, que esperam que você seja mesmo melhor do que é, que te beliscam o ego, que te torcem as certezas, que lançam fogo no lago calmo e azul da sua mente. Se você transa melhor com aquela pessoa que te irrita. Se você conversa melhor com aquela pessoa que pode discordar, se você vê mais beleza nas faíscas, nas fagulhas. Se você tem você como grande prioridade, ainda que estar apaixonado seja sua grande prioridade. Se você até tenta resolver o problema mas, por causa dos seus problemas, acaba complicando um pouco as coisas. Se você ri bastante mas também é um pouco deprê. E gosta de gente engraçada que também é um pouco deprê. Porque a graça real vem da tragédia que é estar vivo. Se você tem inveja de quem ama, apenas porque ama tanto que às vezes gostaria de viver dentro da pessoa. Ou só porque a inveja e o amor são coisas que nos acometem e não tem muito o que fazer. Se você tenta caminhar na corda bamba, mas vive esfolado, machucado e tonto, de tanto cair. Se você às vezes manipula e intimida e não deixa segura a pessoa amada, porque você é estragado de cabeça e de coração. Mas também abraça, pede desculpas e vomita tanta sinceridade que consegue ter charme e pureza nas maldades. Enfim, se você é errado e não serve pra alma gêmea de ninguém, talvez eu seja sua alma gêmea.
Tati Bernardi
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Mas sou atrevida por natureza e adepta da frase de Nietzsche:
“Odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia”.
Ai, Nietzsche você sempre soube! É isso mesmo.
Eu odeio e assino embaixo.
E odeio com todas as forças, com todas as letras, em capslock, de trás para frente, em inglês ou latim.
Eu odeio. Sou uma ótima companhia para mim mesmo, adoro ficar sozinha, lendo, escrevendo ou fazendo o meu nada.
Prefiro me afundar em mim a ter que ouvir gente falando merda ou contando vantagem.”
Fernanda Mello
“Odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia”.
Ai, Nietzsche você sempre soube! É isso mesmo.
Eu odeio e assino embaixo.
E odeio com todas as forças, com todas as letras, em capslock, de trás para frente, em inglês ou latim.
Eu odeio. Sou uma ótima companhia para mim mesmo, adoro ficar sozinha, lendo, escrevendo ou fazendo o meu nada.
Prefiro me afundar em mim a ter que ouvir gente falando merda ou contando vantagem.”
Fernanda Mello
terça-feira, 15 de novembro de 2011
"Um dia tu compreenderás que não há nenhuma pessoa totalmente má; nenhuma pessoa totalmente boa. Verás que todos nós somos humanos, apenas. E sofrerás muito quando resolveres dizer só aquilo que pensas e fazeres só aquilo que gostas. Aí sim, todos te virarão as costas e te acharão mau por não quereres entrar na ciranda deles, compreendes?"
Caio F. - Limite Branco
Caio F. - Limite Branco
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
"(...)Não quero muito da vida, quero o que dela eu possa tirar, seja pelo meu empenho ou com um pouco de sorte.Tenho mania de escrever, mas não tenho mania de inspiração. Tenho mania de dormir com três travesseiros e amo ar-condicionado. Tenho mania de choro, mas só quando as lágrimas são maiores que a dor. Tenho mania de leitura, mas desprezo pseudo-intelectuais.
Conheço bem a saudade, ela está na sala de estar da minha casa. Conheço bem a mim, mas desconheço meus limites e deles quero distância. Limitar a si é tornar tudo previsível.
Na minha bagagem carrego erros e minha vida tem como trilha sonora frases sinceras ou mesmo o próprio" silêncio. Não quero letra ou música, quero sensações, quero lembranças. (...)
Conheço bem a saudade, ela está na sala de estar da minha casa. Conheço bem a mim, mas desconheço meus limites e deles quero distância. Limitar a si é tornar tudo previsível.
Na minha bagagem carrego erros e minha vida tem como trilha sonora frases sinceras ou mesmo o próprio" silêncio. Não quero letra ou música, quero sensações, quero lembranças. (...)
domingo, 13 de novembro de 2011
"Ma belle, viver bem não é para amadores. Puxe para si a responsabilidade de encerrar de vez essa inimizade estéril, esse desgaste emocional tão nocivo à pele e ao humor.Você não é uma menina,é uma muher. E uma mulher deve saber discernir o que é, de fato, uma derrota e uma vitória. Derrota é quando a gente ganha dos outros, mas desiste de si mesma..."
Devagarinho, a gente começa a sentir que algo precisa ser feito.
Embora ainda não faça...
Por medo da mudança, quando não dá mais para carregar tanto peso, a gente aprende a empurrá-lo, desaprendendo um pouco mais o prazer.
Quase nem consegue respirar de tanto esforço, mas aguenta ou pelo menos faz de conta, algumas vezes até com estranho orgulho.
Até que chega a hora em que a resistência é vencida.
A gente aceita encarar o casulo.
A gente deixa a natureza tecer outra história.
A gente quer tecer junto.
A gente permite que a borboleta aconteça....
Embora ainda não faça...
Por medo da mudança, quando não dá mais para carregar tanto peso, a gente aprende a empurrá-lo, desaprendendo um pouco mais o prazer.
Quase nem consegue respirar de tanto esforço, mas aguenta ou pelo menos faz de conta, algumas vezes até com estranho orgulho.
Até que chega a hora em que a resistência é vencida.
A gente aceita encarar o casulo.
A gente deixa a natureza tecer outra história.
A gente quer tecer junto.
A gente permite que a borboleta aconteça....
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
"- Então Charlie Brown, o que é amor pra você?
- Em 1987 meu pai tinha um carro azul
- Mas o que isso tem a ver com amor?
- Bom, acontece que todos os dias ele dava carona pra uma moça. Ele saía do carro, abria a porta pra ela, quando ela entrava ele fechava a porta, dava a volta pelo carro e quando ele ia abrir a porta pra entrar, ela apertava a tranca. Ela ficava fazendo caretas e os dois morriam de rir. Acho que isso é amor."
(Charles Schulz, criador de Snoopy e sua turma)
- Em 1987 meu pai tinha um carro azul
- Mas o que isso tem a ver com amor?
- Bom, acontece que todos os dias ele dava carona pra uma moça. Ele saía do carro, abria a porta pra ela, quando ela entrava ele fechava a porta, dava a volta pelo carro e quando ele ia abrir a porta pra entrar, ela apertava a tranca. Ela ficava fazendo caretas e os dois morriam de rir. Acho que isso é amor."
(Charles Schulz, criador de Snoopy e sua turma)
"Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minha fonte, meus favores
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho
Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim"
(Vander Lee)
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minha fonte, meus favores
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho
Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim"
(Vander Lee)
"E se não quisermos, não pudermos, não soubermos, com palavras, nos dizer um pouco um para o outro, senta ao meu lado assim mesmo. Deixa os nossos olhos se encontrarem vez ou outra até nascer aquele sorriso bom que acontece quando a vida da gente se sente olhada com amor. Senta apenas ao meu lado e deixa o meu silêncio conversar com o seu. Às vezes, a gente nem precisa mesmo de palavras."
"Acredito que o ser humano é capaz de amar várias vezes. Se não fosse assim quem perdeu uma grande paixão estaria condenado à solidão. Não acredito em um único amor para-todo-o-sempre-amém. Tem gente que coloca isso na cabeça e se apega, se humilha, se sujeita a qualquer coisa. Ao invés de trancar em você aquele seu velho amor falido, abra novos espaços e inaugure um novinho em folha."
(Fernanda Gaona)
Guentaaaaaaaaaa!
(Fernanda Gaona)
Guentaaaaaaaaaa!
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
terça-feira, 8 de novembro de 2011
domingo, 6 de novembro de 2011
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
"Pra ela eu contava qualquer tipo de coisa com o coração todo aberto, porque eu sentia de forma muito clara a facilidade e o acolhimento com que me ouvia. Um bom confidente, às vezes, é apenas aquele que nos deixa livres para dizermos tudo o que quisermos sobre nós, inclusive bobagens das quais talvez nos arrependamos logo depois de dizê-las. Às vezes, é apenas aquele que interage com o nosso sentimento da vez, sem estar com a razão toda arrumada para análises profundas, tiradas magníficas, sermões eloquentes, dos quais nem sempre precisamos. Um bom confidente, essa maravilha rara, é aquele que aproxima, generosamente, a vida dele da vida da gente e, apesar da mágica interação que acontece com essa proximidade, consegue manter a distância necessária para não confundir a sua história com a nossa. Há momentos em que a gente só precisa falar e se sentir, de verdade, ouvido. Só isso. Só isso tudo."
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Eu sei que não foi você que desarrumou minha vida e fez essa bagunça toda que tive que arrumar gradualmente enquanto cuspia minha raiva, minha dor, mas, por favor, para entrar aqui agora é preciso pés descalços e nenhuma armadura. É por eu não ter deixado de confiar nas pessoas que te peço isso. Não existe tristeza em mais nenhum canto desta casa, tudo foi limpo e adornado com amor, saiba receber esta dádiva. Não quero saber agora o que você traz do seu passado enquanto a água do chá ferve, e também não me pergunte o que me aconteceu para que eu esteja assim, tão direta. É possível que eu te convide pra dormir aqui esta noite ou te mande embora às três da manhã, espero que não se aborreça ou crie expectativas enquanto ponho a erva doce na água quente. Eu não tenho açúcar, empedrou desde que. Enfim, você quer com ou sem adoçante? Não me prometa nada, eu vivo um dia de cada vez, só tenho memória recente. Sobre ontem, pouco lembro, sei que fui dormir e antes conferi se todas as portas estavam trancadas e se eu estava feliz. Também sei que ainda era cedo, e que fazia muito frio. Mas, sim, eu estava feliz.
Vou deixar apenas a luz do abajur acesa, e o seu cd de jazz tocando bem baixinho pra que eu escute como foi seu dia e o que você gosta de ler. Não é que eu não goste de me expor, mas a semana passada já faz muito tempo pra mim. Mas se te interessa saber, meu coração está desocupado e eu gosto quando você me abraça forte. Talvez isto seja o suficiente para que você chegue mais perto de mim e conviva sem se incomodar com o silêncio que eu carrego nos olhos. O que me atraiu em você foi a sua beleza física com esta sensibilidade e inteligência juntas.Mas aprendi a descartar até essas qualidades em um homem se não houver essa nudez de alma. Os inteligentes podem ser muito espertos e cruéis. Os bonitos podem ser uns tolos. E os sensíveis, muito dramáticos. Eu não estou endurecida, só aprendi a observar com certa malícia, preservo minha inocência, mas me arrancaram a ingenuidade à força, disso eu lembro. Não me fizeram mal algum, nada que não houvesse a permissividade da minha carência. A responsabilidade também foi minha. Você está confortável nesta posição? Aprendi a me enroscar num outro corpo como se eu fosse uma extensão dele. Eu gosto de me aninhar no afeto, nasci para ser acariciada antes, durante e depois do sexo. Mas hoje talvez eu queira que você vá pro seu apartamento_ me deu vontade de escrever alguma coisa sobre a sua voz, antes que ela fique no passado.
Se quiser esquecer seu cd, talvez eu te convide pra jantar amanhã. E te leia alguma coisa mais doce que aquele açúcar empedrado. É que eu ainda não esqueci como se escreve o começo de um romance. Só aprendi que o interesse do leitor vai depender da minha primeira frase.
Então eu prefiro que você volte amanhã. É que eu preciso sentir saudade antes de me apaixonar.
*
Marla de Queiroz
Vou deixar apenas a luz do abajur acesa, e o seu cd de jazz tocando bem baixinho pra que eu escute como foi seu dia e o que você gosta de ler. Não é que eu não goste de me expor, mas a semana passada já faz muito tempo pra mim. Mas se te interessa saber, meu coração está desocupado e eu gosto quando você me abraça forte. Talvez isto seja o suficiente para que você chegue mais perto de mim e conviva sem se incomodar com o silêncio que eu carrego nos olhos. O que me atraiu em você foi a sua beleza física com esta sensibilidade e inteligência juntas.Mas aprendi a descartar até essas qualidades em um homem se não houver essa nudez de alma. Os inteligentes podem ser muito espertos e cruéis. Os bonitos podem ser uns tolos. E os sensíveis, muito dramáticos. Eu não estou endurecida, só aprendi a observar com certa malícia, preservo minha inocência, mas me arrancaram a ingenuidade à força, disso eu lembro. Não me fizeram mal algum, nada que não houvesse a permissividade da minha carência. A responsabilidade também foi minha. Você está confortável nesta posição? Aprendi a me enroscar num outro corpo como se eu fosse uma extensão dele. Eu gosto de me aninhar no afeto, nasci para ser acariciada antes, durante e depois do sexo. Mas hoje talvez eu queira que você vá pro seu apartamento_ me deu vontade de escrever alguma coisa sobre a sua voz, antes que ela fique no passado.
Se quiser esquecer seu cd, talvez eu te convide pra jantar amanhã. E te leia alguma coisa mais doce que aquele açúcar empedrado. É que eu ainda não esqueci como se escreve o começo de um romance. Só aprendi que o interesse do leitor vai depender da minha primeira frase.
Então eu prefiro que você volte amanhã. É que eu preciso sentir saudade antes de me apaixonar.
*
Marla de Queiroz
"Eu sei o que você pensa quando olha pra mim. Talvez se eu fosse mais comportada, falasse mais baixo e não chamasse tanta atenção. Talvez se eu te desse menos trabalho e não fosse tão do agora. Talvez se eu não tivesse chegado tão perto, nem te tocado tão fundo, nem sido tão eu… talvez haveria alguma possibilidade!!"
domingo, 30 de outubro de 2011
"É preciso tomar cuidado com as paixões impossíveis, nestes casos achamos que quanto mais difícil for para conquistar a pessoa, melhor, mais seduzidos ficamos. Isto não é amor, isto é vontade de ganhar, não é vontade de amar. Este amor idealizado é que gera sofrimento. Se o amor não é correspondido, deve-se simplesmente deixar a outra pessoa ir embora. Se um amor não correspondido está gerando muito sofrimento, provavelmente não se trata de um amor verdadeiro, sendo apenas uma idealização feita da pessoa, em que alguém se apaixona por aquilo que pensa que o outro é, e não por aquilo que ele realmente é."
sábado, 29 de outubro de 2011
Então vai menina, desaba, se deixa cair, deixa essa dor que habita em ti, exalar por aí, tens vontade de chorar, não é mesmo? Mas há muito vem se fazendo de forte, então, ao menos dessa vez, se deixe fraquejar, se queres chorar, chora! Grita, esperneia, põe pra fora toda essa amargura, põe pra fora o que vem te matando por dentro, tira essa barreira que te acerca, tira essa armadura, te faz de fraca menina! Queres alguém que venha deixe se dar ao zelo de te cuidar, não é mesmo? Mas então desata esses nós, deixa que essa tristeza venha pra fora e apareça alguém pra cuidar-te, se queres carinho, deixa-te por receber, se queres afago, deixa-te por aparecer. Essas tua fortaleza um dia há de desabar, então que isso não venha acontecer por que alguém o fez, mas que você mesma venha saber a força que tem de se deixar cair e mesmo assim levantar. Então mais uma vez eu digo: “Chora, e chora forte, chora com dor, chora até não haver mais nada aí dentro além de ti mesma, chora até tuas forças esgotarem e cair-te ao sono”, pode até ser que amanhã não venhas a sorrir, mas com certeza terás tirado um peso enorme, terás arrancado uma dor enorme desse peito e, com certeza, te sentirás leve, deixas tua alma lavada, não sabe o quão bom é sentir-se nova, o quão bom é sentir-se limpa e restaurada, só não deixe essa dor presa aí dentro, pode vir a apodrecer e causar tua morte interior, e não é isso que queres pra ti, não é mesmo, pequena? — Warllyssong Sena, WS
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
"Mas chega. Hoje decidi que estou prestes a assumir meu coração vazio. Não decidi isso movida por uma grande coragem ou por um momento de iluminação. Nada grandioso aconteceu. Apenas sinto que dei um pequeno, quase imperceptível, passo para uma vida mais madura. Eu simplesmente não suporto mais pintar o céu de cor-de-rosa para achar que vale a pena sair da cama!"
domingo, 23 de outubro de 2011
“Quem é feliz não conta, não espalha, não grita aos quatro cantos. Quem é feliz, satisfaze-se por ser. E sabe que felicidade anda coladinha na inveja. Quem é feliz não precisa provar nada, simplesmente é. As pessoas felizes demais nunca me passaram confiança. Essa coisa de que a vida é uma festa e não existe nada errado, não me brilha aos olhos. Feliz é quem conhece o lado ruim e o respeita. Feliz é quem já foi infeliz. Somente quem já foi infeliz pode entender que a tristeza traz um punhado muito bom de aprendizados. O oba-oba de quem nunca se deixou entristecer não serve na minha vida. Felicidade não é sobre quem grita mais alto; é sobre quem sorri mais fundo.”
sábado, 22 de outubro de 2011
"Acredito que arrumar a bagunça da vida é como arrumar a bagunça do quarto. Tirar tudo, rever roupas e sapatos, experimentar e ver o que ainda serve, jogar fora algumas coisas, outras separar para doação. Isso pode servir melhor para outra pessoa. Hora de deixar ir. Alguém precisa mais do que você. Se livrar. Deixar pra trás. Algumas coisas não servem mais. Você sabe. Chega. Porque guardar roupa velha dentro da gaveta é como ocupar o coração com alguém que não lhe serve. Perda de espaço, tempo, paciência e sentimento."
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
"É perdendo a liberdade que a gente descobre que não se encaixa,
é perdendo alguém que a gente descobre que não vale a pena lutar por futilidades,
é perdendo o apoio que a gente descobre que o resto do mundo não para só porque nosso mundo parou.
A gente vai aprendendo a viver assim, na marra, no grito, no sufoco, no impulso.
Eu quis mudar o mundo, quis ser brilhante, quis ser reconhecido. Hoje eu quero bem pouco e prefiro me concentrar no agora do que planejar um futuro incerto."
é perdendo alguém que a gente descobre que não vale a pena lutar por futilidades,
é perdendo o apoio que a gente descobre que o resto do mundo não para só porque nosso mundo parou.
A gente vai aprendendo a viver assim, na marra, no grito, no sufoco, no impulso.
Eu quis mudar o mundo, quis ser brilhante, quis ser reconhecido. Hoje eu quero bem pouco e prefiro me concentrar no agora do que planejar um futuro incerto."
terça-feira, 18 de outubro de 2011
domingo, 16 de outubro de 2011
Se a vida não me traz felicidade, eu a construo. Não me permito entristecer. Deus está comigo e nada pode me deter. A guerra é dura, mas a causa é justa, e a vitória é recompensadora. Faça como eu, meu amigo: se a felicidade não bate à tua porta, bata à porta dela, e se for a tristeza quem bater, não abra. Se abrir, ensine-a a ser feliz também.
"O que me vale é que tenho uma alma muito bem-disposta, todos temos, ela sempre dá um jeito de me fazer encarar as lições. Apronta mestres. Improvisa material didático. Reinventa métodos. Brinca com a minha ilusória fuga. Aguarda-me nas salas de aula porque sabe que, no fim das contas, eu apareço. Aguarda-me porque sabe que tantas vezes preguiçosa por ter tanto pra aprender, tanto pra curar, tanto pra transformar, no fundo, continuo interessadíssima em crescer."
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
sábado, 8 de outubro de 2011
terça-feira, 4 de outubro de 2011
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
domingo, 25 de setembro de 2011
"Por que quando junto de você, fico pensando em um jeito de transformar aquele momento em eterno, parar ele no tempo, fico com vontade de te dizer coisas bonitas as mesmas coisas bonitas que não te digo por vergonha, sim porque mesmo depois de tanto tempo ainda me sinto tímida perto de você e também sinto aquele frio na barriga e a vontade de te dizer: "Não sei como você de um dia pro outro cresceu tanto aqui dentro."
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra hip-hop, e nem pra isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor – até que venha a próxima, normais que somos.
Martha Medeiros, in Doidas e Santas - A tristeza permitida.
Martha Medeiros, in Doidas e Santas - A tristeza permitida.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
terça-feira, 30 de agosto de 2011
domingo, 21 de agosto de 2011
"Poderíamos casar, teríamos um apartamento, tomaríamos café as cinco da tarde, discordaríamos quanto a cor das cortinas, não arrumaríamos a cama diariamente, a geladeira seria repleta de congelados e coca-cola, o armário, de porcarias, adiaríamos o despertador umas trinta vezes, sentaríamos na sala de pijama e pantufas, sairíamos pra jantar em dia de chuva e chegaríamos encharcados, nos beijaríamos no meio de alguma frase, você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração. Eu riria sem motivo e você perguntaria porque, eu não responderia, saberíamos."
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
sábado, 20 de agosto de 2011
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
sábado, 6 de agosto de 2011
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
terça-feira, 2 de agosto de 2011
"Taí. Tá bom. O amor venceu. Você venceu. Venceu. Venceu. Venceu. E eu acabo de descobrir, simples assim, a única maneira de me livrar desse sentimento: aceitando ele, parando de querer ganhar dele. Te amo mesmo, talvez pra sempre. Mas nem por isso eu deixo de ser feliz ou viver minha vida. Foda-se esse amor. E foda-se você."
sexta-feira, 29 de julho de 2011
terça-feira, 26 de julho de 2011
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Sorrir com os olhos, falar pelos cotovelos, meter os pés pelas mãos. Em mim, a anatomia não faz o menor sentido. Sou do tipo que lê um toque, que observa com o coração e caminha com os pés da imaginação. Multiplico meus cinco sentidos por milhares e me proponho a descobrir todos os dias novas formas de sentir. Quero o cheiro da felicidade, o gosto da saudade, o olhar do novo, a voz da razão e o toque da ternura. Luto contra o óbvio, porque sei que dentro de mim há um infinito de possibilidades e embora sentimentos ruins também transitem por aqui, sei que devo conduzi-los com a força do pensamento até a porta de saída. Decidi não delegar função para cada coisa que eu quero. Nem definir o lugar adequado para tudo de bom que eu sinto. Nossos sentimentos são seres vivos e decidem sem nos consultar. A prova de que na vida, rótulos são dispensáveis e sentimentos inclassificáveis.
"É no olhar, sobretudo, que a amizade se confirma. É no jeito de olhar que nos reconhecemos no primeiro momento, nós, amigos recentes de longas datas. Isso porque amigo tem esse olhar bom: ele nos olha como se realmente quisesse nos ver, sem nenhum outro interesse que não seja a oportunidade boa e rara de partilhar amizade. Ele nos vê e permanece ao nosso lado, esse conforto que palavra alguma é capaz de traduzir. Esse detalhe grandioso que faz toda a mágica acontecer, porque amar é também a arte de cuidar com os olhos."
(Ana Jácomo)
(Ana Jácomo)
sexta-feira, 15 de julho de 2011
quinta-feira, 14 de julho de 2011
"É mais fácil ficar sozinho.
Porque, e se você descobrir que precisa de amor,
E depois não o tiver?
E se você gostar e depender dele?
E se você modelar sua vida toda em volta dele…
Para então ele acabar?
Você consegue sobreviver a tamanha dor?
Perder amor é como perder um órgão,
É como morrer.
A única diferença é que a morte acaba.
Isto, pode durar para sempre."
Grey's Anatomy - último episódio da 7° temporada
Porque, e se você descobrir que precisa de amor,
E depois não o tiver?
E se você gostar e depender dele?
E se você modelar sua vida toda em volta dele…
Para então ele acabar?
Você consegue sobreviver a tamanha dor?
Perder amor é como perder um órgão,
É como morrer.
A única diferença é que a morte acaba.
Isto, pode durar para sempre."
Grey's Anatomy - último episódio da 7° temporada
terça-feira, 12 de julho de 2011
domingo, 10 de julho de 2011
"No fundo, mesmo lendo tanto, pensando tanto e filosofando tanto, a gente gosta mesmo é de quem é simples e feliz. A gente não se apaixona por quem vive reclamando e amassando jornais contra a parede. A gente se apaixona por esses tipinhos banais que vivem rindo. E a gente se pergunta: que é que ele tem que brilha tanto? Que é que ele tem que quando chega ofusca todo o resto?"
(Tati Bernardi)
(Tati Bernardi)
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