...

" Não estou vivendo perigosamente.
Troquei o perigosamente, pelo intensamente, inconsequentemente, apaixonadamente.
Não há perigo...
Perigoso é a gente se aprisionar no que nos ensinaram como certo e nunca mais se libertar, correndo o risco de não saber mais viver sem um manual de instruções..."

Martha Medeiros



segunda-feira, 23 de maio de 2011

"Coragem, às vezes, é desapego (...) É aceitar doer inteiro até florir de novo. É abençoar o amor, aquele lá, que a gente não alcança mais."
"Você é meu eterno agosto, rapaz. Louco e amargo."


"Como é que a gente vai explicar pra uma pessoa que qualquer coisa pode ser de verdade, é só a gente acreditar nela?"

domingo, 22 de maio de 2011


Eu não quero que se apaixonem por mim, simplesmente porque não consigo sustentar fantasia por muito tempo. Acho que deixei pendurado o sorriso bonito em algum cabideiro de quarto por ai. Não sou mais a melhor companhia que gostariam que fosse. Tenho minhas vontades e no alto do salto dos meus trinta e poucos anos, elas falam menos e agem mais. Sim, hoje, falo muito pouco. Não sou culta e muito menos descolada. Não frequento academias porque sou de água, da ginga, da rua. Isso tudo não quer dizer que sou bem resolvida e dona da minha própria vida. Por isso aviso: -Não goste de mim pela imagem que você criou, nunca consigo sustentar sonho de ninguém, e se isso acontecer, o problema é seu.

O problema é que sou simples demais e algumas manias estranhas me sustentam. Conserto chuveiros e descargas e meu sonho mudou do de Londres para África. Não me pareço com nenhuma moça da camiseta molhada e nem tenho bumbum de panicats. Tenho peitos do tamanho que gosto que eles sejam. Ainda considero como traição troca de celulares e conversas no msn. Mudei muito com o tempo, mas meus valores não. Sei muito bem quando erro e onde erro.

Não vivo mais numa eterna busca, vivo um dia de cada vez. O final do meu arco-íris é bem debaixo do meu nariz. Minha vida é desalinhada, não sou de farra, nem boa pra casar. Sou do avesso, me gosto assim. Acredito no amor, escolhi viver assim. Valorizo até a menor das intenções. A boa fé. Acredito mais no presente. Do futuro, desconfio muito. Acredito quando a conversa é com os olhos. Acredito no que a alma fala. Na verdade, exagero demais na risada que só frouxa quando o vento é forte e estoura em risada outra vez.

|vanessa leonardi|
Meu cabelo não é o mais perfeito. Meu corpo não é o mais lindo. Meu sorriso não é certinho. Mas eu sou legal, sei fazer miojo e brigadeiro...
Eu tenho um medo horrível a essas marés montantes do passado,
com suas quilhas afundadas,
com meus sucessivos cadáveres amarrados aos mastros e gáveas...
Ai de mim, Ai de ti,
ó velho mar profundo,

- Eu venho sempre à tona de todos os naufrágios. -


Mário Quintana

sábado, 14 de maio de 2011

AMAR É PUNK.

Eu já passei da idade de ter um tipo físico de homem ideal para eu me relacionar. Antes, só se fosse estranho (bem estranho). Tivesse um figurino perturbado. Gostasse de rock mais que tudo. Tivesse no mínimo um piercing (e uma tatuagem gigante). Soubesse tocar algum instrumento. E usasse All Star. Uma coisa meio Dave Grohl. Hoje em dia eu continuo insistindo no quesito All Star e rock´n roll, mas confesso que muita coisa mudou. É, pessoal, não tem jeito. Relacionamento a gente constrói. Dia após dia. Dosando paciência, silêncios e longas conversas. Engraçado que quando a gente pára de acreditar em “amor da vida”, um amor pra vida da gente aparece. Sem o glamour da alma gêmea. Sem as promessas de ser pra sempre. Sem borboletas no estômago. Sem noites de insônia. É uma coisa simples do tipo: você conhece o cara. Começa, aos poucos, a admirá-lo. A achá-lo foda. E, quando vê, você tá fazendo coraçãozinho com a mão igual uma pangaré. (E escrevendo textos no blog para que ele entenda uma coisa: dessa vez, meu caro, é diferente). Adeus expectativas irreais, adeus sonhos de adolescente. Ele vai esquecer todo mês o aniversário de namoro, mas vai se lembrar sempre que você gosta do seu pão-de-sal bem branco (e com muito queijo). Ele não vai fazer declarações românticas e jantares à luz de vela, mas vai saber que você está de TPM no primeiro “Oi”, te perdoando docemente de qualquer frase dita com mais rispidez. Ah, gente, sei lá. Descobri que gosto mesmo é do tal amor. DA PAIXÃO, NÃO. Depois de anos escrevendo sobre querer alguém que me tire o chão, que me roube o ar, venho humildemente me retificar. EU QUERO ALGUÉM QUE DIVIDA O CHÃO COMIGO. QUERO ALGUÉM QUE ME TRAGA FÔLEGO. Entenderam? Quero dormir abraçada sem susto. Quero acordar e ver que (aconteça o que acontecer), tudo vai estar em seu lugar. Sem ansiedades. Sem montanhas-russas. Antes eu achava que, se não tivesse paixão, eu iria parar de escrever, minha inspiração iria acabar e meus futuros livros iriam pra seção B da auto-ajuda, com um monte de margaridinhas na capa. Mas, caramba! Descobri que não é nada disso. Não existe nada mais contestador do que amar uma pessoa só. Amar é ser rebelde. É atravessar o escuro. É, no meu caso, mudar o conceito de tudo o que já pensei que pudesse ser amor. Não, antes era paixão. Antes era imaturidade. Antes era uma procura por mim mesma que não tinha acontecido. Sei que já falei muito sobre amor, acho que é o grande tema da vida da gente. Mas amor não é só poesia e refrão. Amor é reconstrução.É ritmo. Pausas. Desafinos. E desafios. Demorei anos pra concordar com meu querido Cazuza: “eu quero um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida”. Antes, ao ouvir essa música, eu sempre pensava (e não dizia): porra, que tédio! Ah, Cazuza! Ele sempre soube. Paixão é para os fracos. Mas amar - ah, o amor! - AMAR É PUNK.

fernanda mello
“E tô achando bom, tô repetindo que bom, Deus, que sou capaz de estar vivo sem vampirizar ninguém, que bom que sou forte, que bom que suporto, que bom que sou criativo e até me divirto e descubro a gota de mel no meio do fel. Colei aquele “Eu Amo Você” no espelho. É pra mim mesmo.”


Caio Fernando Abreu


Coragem não é ser forte,veja bem. Coragem é uma forma de desprender o sonho da vida. Não deixa de ser uma estratégia para andar com mais leveza. Equilibrio. Dia por dia, ano por ano, a gente cai e levanta, limpa a poeira da roupa, limpa o choro do rosto. Solta o coração na rua e prende o suspiro no peito. Vai apurando a fé pra tornar-se uma pessoa mais generosa consigo mesma. Toda queda ou salto vale como experiência pra grande oportunidade de estarmos aqui. Tempo é ouro, aprendi, não dá pra desperdiçar assim, de qualquer jeito.
Coragem no final das contas é envolver-se. 'Coragem às vezes é desapego'.
Coragem é olhar pro espeho no fim do dia e perguntar: - Será que a gente tomou a decisão certa?
E a resposta vir com o um sorriso, da mesma pessoa, essa de frente pro espelho. E lembrar-se do momento que espantou o tédio com um sorriso e desculpou-se com um abraço. Que disse coisas interessantes com o olhar, porque aprendeu que silêncios falam mais alto. Que chegou em um lugar que sempre foi o 'lá' que queria estar, e gostar muito disso. Responder que foi um dia rico, que você tornou-se uma pessoa mais rica, mais rica de amor. Tenha coragem de se olhar no espelho e conseguir agradecer pelo que vê. Todo dia

sexta-feira, 13 de maio de 2011

"Ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E outras coisas."
"Caminho meio gente, meio fada. Pé no além, outro na estrada."


Como é bom criar uma expectativa. Parece inevitável. Basta um sinal e lá vamos nós nos apegar aquela esperançazinha por menor que seja. Fazer planos com algo concreto é coisa para os medrosos, os atrevidos criam histórias com aquilo que não existe mesmo. Somos conduzidos pela nossa vontade e mais do que disposição é preciso muita coragem pra abraçar nossas loucuras. Não importa se o amor não vingou, se o emprego não rolou, se ficamos na vontade. Apostamos naquilo e ponto, mesmo que isso implique em uns tombinhos de vez em quando. Somos escravos dos nossos sonhos e por eles topamos qualquer desafio, corremos todos os riscos, inclusive o da frustração. Criamos expectativa porque acreditar é delicioso, e por mais que o chão seja um lugar mais seguro, nada como balançar os pezinhos láááá no alto. E quer saber... porque duvidar? Vai que um dia aquele plano decola mesmo. Aí não vai ser você o primeiro a atrapalhar por medo de altura, vai?!?



terça-feira, 10 de maio de 2011

A arte de perder o rebolado quando a gente mais precisa dele...

domingo, 8 de maio de 2011

"Quem conhece a felicidade não consegue mais aceitar humildemente a tristeza."


"(...) E então eu assumiria as conseqüências, não importam quais fossem. O nomezinho disso: vida. É sempre uma incógnita, portanto não vale a pena tentar fugir das decepções ou dos êxtases, eles nos assaltarão onde estivermos. Se você for uma garota boba como eu fui, acorde. Ninguém é muito areia pra ninguém. Pessoas aparentemente especiais se apaixonam por outras aparentemente banais e isso não é um trote, não é uma pegadinha, não é nada além do que é: um inesperado presente da vida, que todos nós merecemos."


"Eu, você e todas nós queremos intimidade mas evitamos contatos muito íntimos. Não queremos nos machucar, mas usamos sapatos que nos machucam. A gente quer e não quer o tempo todo. Será que durante uma caminhada de uma esquina à outra, em um único quarteirão, é possível acontecer uma paixão, uma descoberta? Quantos metros precisamos percorrer, quantos dias devemos esperar, em que momento da nossa vida irá se realizar o nosso maior sonho e, uma vez realizado, teremos sensibilidade para identificá-lo? O nosso desejo mais secreto quase sempre é secreto até para nós mesmos."
"Porque pensar demais faz a gente desistir. O que enlouquece é a certeza, não a dúvida. Pensar demais faz a gente pensar besteira."