...

" Não estou vivendo perigosamente.
Troquei o perigosamente, pelo intensamente, inconsequentemente, apaixonadamente.
Não há perigo...
Perigoso é a gente se aprisionar no que nos ensinaram como certo e nunca mais se libertar, correndo o risco de não saber mais viver sem um manual de instruções..."

Martha Medeiros



quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Amanhã à meia-noite volto a nascer. Você também.
Que seja suave, perfumado nosso parto entre ervas na manjedoura.
Que sejamos doces com nossa mãe Gaia, que anda morrendo de morte matada por nós.
Façamos um brinde a todas as coisas que o Senhor pôs na Terra para nosso deleite e terror.
Brindemos à Vida - talvez seja esse o nome daquele cara, e não o que você imaginou.
Embora sejam iguais. Sinônimos, indissociáveis.
Feliz, feliz Natal. Merecemos.




O Estado de São Paulo, 24/12/1995
(Caio F, In Pequenas Epifanias)
''Para você ganhar um belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido.
Para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas.
Novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens.


Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumadas nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.


Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente.


É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.''

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Mas não, não diria nada. Não se diz mais uma palavra quando, de muitas formas nunca claras o suficiente para que os outros entendam, tudo já foi dito.

Caio Fernando Abreu